21 de março de 2025
Domain-Driven Design (DDD), ou Design Orientado a Domínio, é uma abordagem para o desenvolvimento de software criada por Eric Evans em seu livro Domain-Driven Design: Atacando as Complexidades no Coração do Software. O DDD foca em alinhar o design do software com as necessidades do negócio, tornando-o mais eficiente e adaptável às complexidades do domínio.
Neste post, vamos explorar os principais tópicos do DDD e como eles podem ser aplicados para criar sistemas mais robustos e alinhados com o negócio.
O DDD é uma abordagem que coloca o domínio (a área de conhecimento específica do negócio) no centro do desenvolvimento de software. Ele propõe que, para lidar com a complexidade do software, é necessário entender profundamente o domínio e refletir essa compreensão no design do sistema.
O DDD é especialmente útil em projetos com:
Regras de negócio complexas.
Necessidade de colaboração entre desenvolvedores e especialistas do domínio.
Sistemas que evoluem constantemente.
Domínio: É a área de conhecimento ou negócio em que o software está inserido. Por exemplo, em um sistema de e-commerce, o domínio inclui vendas, estoque, pagamentos, etc.
Subdomínios: São partes específicas do domínio. Podem ser classificados como:
Core: O coração do negócio (ex: processamento de pedidos).
Support: Áreas que suportam o core (ex: logística).
Generic: Problemas genéricos que podem ser resolvidos com soluções prontas (ex: autenticação).
A Linguagem Ubíqua é um vocabulário compartilhado entre desenvolvedores e especialistas do domínio. Ela garante que todos falem a mesma língua, evitando mal-entendidos.
Exemplo: Em um sistema bancário, termos como "conta", "saldo" e "transferência" devem ter significados claros e consistentes.
O Modelo de Domínio é uma representação abstrata do domínio, criada para resolver problemas específicos. Ele deve ser:
Rico: Capturar as regras e comportamentos do domínio.
Claro: Fácil de entender e comunicar.
Exemplo: Em um sistema de reservas de hotel, o modelo pode incluir entidades como "Quarto", "Reserva" e "Hóspede".
Entidades: São objetos com identidade única. Por exemplo, um "Cliente" tem um ID único que o diferencia de outros clientes.
Objetos de Valor: São objetos imutáveis que representam características sem identidade. Por exemplo, um "Endereço" pode ser um objeto de valor, pois é definido por seus atributos (rua, número, cidade).
Agregado: É um conjunto de objetos que devem ser tratados como uma unidade. Por exemplo, um "Pedido" (raiz) e seus "Itens" formam um agregado.
Raiz de Agregado: É a entidade principal do agregado, responsável por garantir a consistência do grupo.
Repositórios são responsáveis por gerenciar a persistência e recuperação de agregados. Eles abstraem o acesso ao banco de dados, permitindo que o domínio permaneça focado nas regras de negócio.
Exemplo: Um PedidoRepository
pode ser usado para salvar e recuperar pedidos.
Serviços de Domínio são usados para operações que não se encaixam naturalmente em uma entidade ou objeto de valor. Eles representam comportamentos do domínio.
Exemplo: Um serviço de "Transferência Bancária" pode coordenar a movimentação de valores entre duas contas.
O DDD sugere a divisão do sistema em camadas para separar preocupações:
Camada de Domínio: Contém as regras de negócio.
Camada de Aplicação: Orquestra as operações do sistema.
Camada de Infraestrutura: Lida com detalhes técnicos, como banco de dados e comunicação externa.
Um Contexto Delimitado é um limite claro onde um modelo de domínio específico se aplica. Dentro de um contexto, a linguagem ubíqua e o modelo são consistentes.
Exemplo: Em um sistema de e-commerce, o contexto de "Pagamentos" pode ter um modelo diferente do contexto de "Entregas".
O Mapa de Contexto é uma ferramenta para visualizar a relação entre diferentes contextos delimitados. Ele ajuda a identificar como os contextos se comunicam e integram.
Exemplo: Um mapa pode mostrar como o contexto de "Pedidos" se integra com o contexto de "Pagamentos".
Alinhamento com o Negócio: O software reflete as necessidades reais do domínio.
Código Mais Organizado: A separação em camadas e contextos torna o código mais modular e fácil de manter.
Colaboração Melhorada: A linguagem ubíqua facilita a comunicação entre desenvolvedores e especialistas do domínio.
Adaptabilidade: Sistemas baseados em DDD são mais fáceis de evoluir conforme o negócio muda.
O DDD é mais eficaz em projetos com:
Domínios complexos e cheios de regras de negócio.
Necessidade de colaboração próxima entre desenvolvedores e especialistas do domínio.
Sistemas que precisam evoluir constantemente.
Para projetos simples ou com domínios bem definidos, o DDD pode ser excessivo.
Leia o livro Domain-Driven Design: Tackling Complexity in the Heart of Software.
Explore padrões como CQRS (Command Query Responsibility Segregation) e Event Sourcing.
Pratique a criação de modelos de domínio em projetos pessoais ou profissionais.
O Domain-Driven Design é uma abordagem poderosa para lidar com a complexidade do software, alinhando o design do sistema às necessidades do negócio. Ao focar no domínio, usar uma linguagem ubíqua e aplicar conceitos como agregados e contextos delimitados, você pode criar sistemas mais robustos, organizados e adaptáveis.
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E aí, pronto para mergulhar no mundo do DDD?
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